Já falei sobre a Leishmaniose aqui,mas em vista da confusão que é a eutanásia resolvi escrever sobre isso,
me baseando não na minha opinião própria,mas em estudos de autoridades como André Luis Soares da Fonseca.
A leishmaniose é uma doença transmitida pelo mosquito flebotomíneo contaminado com protozoários.
Os hospedeiros principais são roedores,homem e o cão, esses últimos são picados quando o flebotomíneo sai de seu ciclo silvestre natural e invade o meio urbano,ou quando o homem e cão adentram o meio rural.
Há relatos da doença em diversos países,no Brasil atinge as regiões Norte,Nordeste,Centro Oeste,regiões do Estado Sudeste e até o Sul com menos frequência,sendo o Estado de Tocantins o mais atingido.
O cão infectado e não tratado é fonte de contaminação para outros mosquitos que o picarem por isso no Brasil, como forma de combater a doença, é realizada a eutanásia dos cães soro positivos.
No teste feito para identificação dos cães contaminados não se faz distinção das formas viscerais e cutâneas da doença,e também não há distinção dos efetivamente doentes e dos vacinados.
O teste sorológico ainda pode dar reação cruzada com outras doenças,assim até uma verminose pode dar positivo para leishmaniose.
É claro que a eutanásia dos cães é uma medida de prevenção,porém o que acontece em muitos casos é que os donos ,por motivos afetivos,escondem os cães.
A Leishmaniose tem tratamento e este deve ser feito para o resto da vida do animal.
O cão tratado alberga os protozoários no organismo mas não apresenta os sintomas da doença e não é risco de contaminar outros flebotomíneos.
Mas se ele ainda tem os parasitas no organismo como que não é risco de contaminação?
A resposta é a Premunição,ou seja,a presença dos protozoários funciona como vacina,estimulando a resposta imune e mantendo a população parasitária baixa,sendo assim o animal tem pouquíssimas chances de se transmitir a doença.
No Brasil o tratamento dos cães é proibida.
Diante da expansão da doença em todo território nacional,me pergunto a eficácia da eutanásia
Para se ter noção na Europa não há a eutanásia porque "não existem trabalhos científicos que comprovem a eficácia da eutanásia,e há vários trabalhos que demonstram que o animal tratado perde muito significativamente o risco de tornar-se um transmissor"
Então qual seria um método eficaz de combate a doença?
Existem a vacina leishmune,a coleira Scalibor (que funciona como repelente dos mosquitos),repelente elétrico nas tomadas,entre outros.
A leishmaniose é um problema de saúde pública e como tal deveria haver a mobilização do governo no combate dos flebotomíneos que adentram nosso ambiente urbano,assim como é feita a campanha contra dengue,afinal ninguém sai por aí eutanasiando pessoas com dengue,certo?
Uma vez que os cães que mais serão risco de contaminação para os mosquitos palha são aqueles de rua que os agentes de saúde nem saberão que são contaminados,por isso outra medida de combate a Leishmaniose (e tantos outros problemas) é a castração.
Muitas das informações foram tiradas do blog da Camilli
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