Oláa!
Estamos fazendo um trabalho para a matéria de Enfermidades Parasitárias onde tivemos que fazer uma apresentação sobre um assunto e coletar sangue e fezes de um animal para avaliarmos os níveis de proteína e fazer o exame copro parasitológico com os métodos de Faust e Willis
O meu grupo ficou encarregado de falar sobre Erliquiose, uma doença transmitida pelo carrapato e muitooo comum aqui em Botucatu, fiz um resuminho sobre Ehrlichia, espero que ajude algum estudante por ai ou proprietário curioso!
Ehrlichiose
A Erliquiose
é uma doença causada por bactérias intracelulares coccus, da família Rickettsiaceae.
Essas bactérias parasitam células mononucleares de
cães, e são transmitidas aos hospedeiros através da picada de carrapatos Rhipicephalus sanguineus infectados.
A transmissão para o carrapato é transtedial mas não
transovariana, as larvas e ninfas
infectam-se ao fazer hematofagia em cães com riquetsemia. Os carrapatos só
transmitem a infecção para o hospedeiro após muda para ninfas e adultos
Patogenia
As bactérias entram via corrente sanguínea e
linfática em macrófagos e vão principalmente para fígado e baço onde fazem
replicação por fissão binária. Os macrófagos disseminam a infecção para outros
sistemas orgânicos.
O período de incubação é de 8- 20 dias.
Existem as fases aguda, sub clinica e crônica.
A fase aguda dura em média 2-4 semanas e se não for
tratada pode evoluir para a fase sub clinica, nessa fase os cães podem
continuar infectados por meses ou anos,
a persistência da infecção parece estar associada aos macrófagos esplênicos.
Alguns animais podem se recuperar espontaneamente da infecção, outros progridem
para a fase crônica e grave da doença, o prognóstico nessa fase é grave, muitos
evoluem para a morte por hemorragia ou infecções secundárias.
Parece haver mecanismos imunológicos envolvidos,
como a produção de anticorpos que se ligam a eritrócitos e plaquetas causando
trombocitopenia. Outros mecanismos de diminuição de plaquetas são a diminuição
da meia vida e aumento da destruição das plaquetas na fase aguda, já na fase
crônica, há a diminuição da produção de plaquetas.
Pode ocorrer meningite e meningoencefalite
associadas à infiltração de plasmócitos e monócitos e alteração perivascular.
A presença de imunocomplexos circulantes no soro
leva a crer que existem manifestações patológicas mediadas por imunocomplexos.
Sinais clínicos
A raça Pastor alemão parece ser mais suscetível à
infecção que as outras raças e apresentam maior mortalidade.
Não existe predileção etária.
Os sinais clínicos na fase aguda variam de discretos
e inespecíficos e graves e potencialmente fatais.
Depressão, letargia , anorexia, paresia, taquipneia
e perda de peso.
Linfadenomegalia, esplenomegalia, petéquias e
equinoses cutâneas, epistaxe.
Vômitos e secreção óculonasal serosa ou purulenta,
dispneia.
A fase crônica apresenta sinais semelhantes, porem
mais graves.
Palidez de mucosas e emaciação, edema periférico,
infertilidade e aborto.
Infecção secundária por
bactérias como as causadoras de pneumonia.
Podem apresentar sinais
oculares como conjuntivite e sinais neurológicos como ataxia, convulções,
paresia atribuídos à meningite e menigoencefalite.
Diagnóstico
O diagnostico pode ser feito a partir da anamnese e dos
achados clínicos, patológicos e confirmados com a sorologia.
Encontramos E. canis em forma de mórulas
intracitoplasmáticas em células mononucleadas.
O bioquímico revela
hipoalbuminemia, hiperglobulinemia, aumento de AAT e FA.
O teste de
anticorpoimunofluorescente indireto é o ensaio sorológico mais usado para o
diagnostico de erliquiose.
É recomendado dois
testes consecultivos em um intervalo de 1 a 2 semanas, se houver aumento de
quatro vezes no título de anticorpos indica uma infecção ativa.
Também é possível fazer
o diagnóstico com o teste de ELISA e PCR
Referência: Esse livro aqui ->